Fortalecendo o Acesso de Transgêneros a empregos no Brasil: educaTRANSFORMA apoia a pessoa como um todo

O Movimento transgênero criou uma cascata de auto identificação e não foi diferente no Brasil, onde pesquisadores descobriram que 0,69% da população se identifica como transgênero, e 1,19% como não-binário. Empresários no Brasil, assim como em outros lugares, também perceberam que criar um ambiente seguro para pessoas transgêneras e não-binárias podem gerar um ambiente de trabalho vibrante.
educaTRANSforma, apoiado por um subsídio do Linux Professional Institute, está lançando uma bóia de salvação para pessoas transgêneros. Veremos essa história inspiradora do educaTRANSforma neste artigo.
Com O Que Estão Lidando: Condições das Pessoas Trans no Brasil
Muitas pessoas trans sofrem bullying e são ameaçadas com violência em escolas, ou maltratados de muitas outras formas que negam sua identidade. Se são rejeitadas por suas famílias, acabam constantemente vivendo nas ruas com consequências negativas para sua educação. Tal negligência, combinada com discriminações similares de empregadores ou colegas de trabalho, impedem que muitas pessoas transgênero consigam um emprego estável e profissional.
De acordo com Noah Scheffel, CEO e fundador do educaTRANSforma, 90% das pessoas transgênero no Brasil recorreram ao trabalho sexual para se manterem vivas. As taxas de assassinatos de pessoas transgêneros são extremamente altas. (Nos Estados Unidos, também, um número alarmante de pessoas transgêneros e não-binários morrem a cada ano, a maioria pessoas de cor). Sob tais condições terríveis, não é surpreendente que o abuso de drogas e o suicídio também sejam comuns.
Apesar da intensa transfobia (rejeição e violência contra pessoas transgênero) no Brasil, muitas empresas adotaram campanhas de diversidade, inclusão e igualdade (do inglês DIE) para empregar e apoiar partes marginalizadas da sociedade, incluindo pessoas transgênero. Existem oportunidades para pessoas transgênero, mas elas precisam de educação para conseguir os empregos.
Alunos também precisam de mais do que educação, de acordo com Scheffel: Eles precisam de apoio para entrar no ambiente de trabalho. Apesar de they need support for entering workplaces. Apesar das consultas aos empregadores, haverá funcionários que tratarão mal os funcionários transgêneros ou ignorarão sua dignidade básica com atos agressivos, tais como desafiar seu direito de usar os banheiros públicos. educaTRANSforma oferece apoio a seus alunos durante suas jornadas emocionais e físicas, ao mesmo tempo em que aconselha as empresas sobre como respeitar seus direitos.
Scheffel constituiu o educaTRANSforma depois de ser severamente rejeitado em seu próprio trabalho. Ele já era gerente em sua empresa de alta tecnologia, com um mandato que durou 10 anos, quando fez a transição. Mas a reação de seus colegas de trabalho e gerentes foi desagradável.
Ao mesmo tempo, Scheffel percebeu que a computação – e o software de código aberto em particular – proporcionavam um ponto de entrada no local de trabalho para as pessoas marginalizadas. Os custos da aprendizagem de informática são modestos, comparados, por exemplo, ao treinamento médico, que requer laboratórios e experiência em ambientes clínicos. As pessoas que foram excluídas das escolas e faculdades normais podem aprender habilidades sem obter diplomas oficiais (apenas 0,02% das pessoas que se identificam como transgêneros no Brasil freqüentam a faculdade, e poucos sabem inglês no nível que a maioria das empresas exige).
Finalmente, a computação é favorável a alguns programadores e administradores transgêneros porque eles podem prosperar sem desempenhar um papel público onde podem se encontrar continuamente e ter que lidar com pessoas que expressam pontos de vista transfóbicos.
Fundação e Construção do educaTRANSforma
Scheffel lançou o educaTRANSforma pouco antes da pandemia de COVID-19 exigir o distanciamento social. educaTRANSforma estava trabalhando em um centro de computação local conhecido como um “parque tecnológico”, oferecendo laboratórios com computadores para que estudantes sem acesso a internet pudessem estudar. Quando as exigências por distanciamento foram impostas, a organização deu início a ensino remoto.
O LPI ofereceu então um subsídio, que ajudou o educaTRANSforma a encontrar outros doadores também. Um parceiro do LPI doou treinamentos gratuitos. O educaTRANSforma coletou computadores descartados por outras organizações e os configurou com GNU/Linux e outros softwares abertos para os alunos.
Victória Cristine Corotto, quem eu também entrevistei para este artigo, foi a primeira aluna do educaTRANSforma. Ela ajudou a organização a desenvolver seus métodos e continuou ativa mesmo depois de se formar.
Hoje ela trabalha em uma grande empresa de computação. desenvolvendo código de uma interface JavaScript para os Recursos Humanos. Ela também começou a trabalhar juntamente com sua empresa nos esforços de diversidade, após apenas duas semanas no emprego. Ela enfatizou como ela era grata ao educaTRANSforma, e ela quer que muitas outras pessoas se beneficiem com isso também.
Progresso e o Caminho à Frente
Até hoje, 87% dos alunos formados pelo educaTRANSforma foram contratados. Para manter a comunidade de apoiadores que podem lhes dar força para combater a transfobia e condições difíceis no ambiente de trablaho, o educaTRANSforma possui um portal privado. Pessoas compartilham informações sobre oportunidades de emprego e criam grupos de apoio no portal. Alunos já formados também recrutam outras pessoas trangênero em seus círculos, ou “famílias trans” para se juntarem ao programa.
Para explicar o que a nova força de trabalho precisa, o educaTRANSforma trabalha como uma consultoria para as empresas interessadas. 
Será que o educaTRANSforma tem algum conselho para pessoas que querem criar organizações similares em outros países, ou para organizações que trabalham com outras populações marginalizadas? Scheffel e Corotto enfatizam a importância da rede de apoio.
Eles também disseram que as empresas que contratam precisam se dedicar muito para oferecer seu apoio à sua forças de trabalho diversificada após a contratação – ninguém deveria ter que passar pelo que Scheffel sofreu em seu trabalho, ou mesmo pelas micro-agressões e mal-entendidos que Corotto encontrou em seu novo cargo.
Empresas também devem apoiar pessoas transgêneras através da oferta de alguns treinamentos – em Inglês por exemplo – que outros funcionários já receberam na escola ou na faculdade, pois muitas dessas instituições também deixam de aceitar ou educar pessoas transgêneras.
Para apoiar o trabalho do educaTRANSforma (sites estão em Português):
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Noah é um agente de transformação social. Ele é a primeira pessoa transgênero a se tornar um influenciador no LinkedIn. Ele é mãe de uma filha e pai de outra. Ele é o fundador e CEO do educaTRANSforma, o maior projeto de educação profissional gratuita do Brasil, que oferece consultoria e empregabilidade para pessoas transgênero em tecnologia e inovação.
Victória é luta, sobrevivência, resistência. Ela é uma pessoa transgênero, ativista LGBTQIAP+, a primeira aluna do educaTRANSforma e agora a CHRO (chief human resources officer) do projeto. Ela é desenvolvedora de software com foco no uso de tencologia como um meio de inclusão e acesso a todas as pessoas.

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